segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Xadrez auxilia de maneira prazerosa no tratamento da dislexia

"Não consigo ver o xadrez como uma terapia da dislexia, mas sim uma forma prazerosa de desenvolver as capacidades mentais e assim diminuir os problemas que o dislexo possui".





Esta é a minha definição sobre a capacidade que o jogo tem de ajudar no desenvolvimento das crianças que sofrem de dislexia.
Nos últimos doze anos, alguns psicopedagogos da região passaram a recomendar a prática de xadrez aos disléxicos.
Atualmente trabalho com vários alunos,entre oito e doze anos, que sofrem de dislexia e encontraram no jogo, entre um xeque-mate e outro, também uma vitória contra os problemas que enfrentam no dia a dia.
Após me especializar em Alunos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (NEE), afirmo que é muito importante salientar que o xadrez não é capaz de curar a dislexia e sim auxiliar as pessoas que sofrem deste mal.
"Se uns dos problemas da dislexia é a memorização, a prática constante do jogo de xadrez fará com que a memória da criança seja gradualmente aprimorada. A criança precisa desenvolver técnicas e estratégias para enfrentar suas dificuldades, então: técnica, estratégia e dificuldade são os elementos básicos de uma partida de xadrez".

Resgate da autoestima

Embora seja acostumado às dificuldades, o disléxico tende a sofrer preconceitos, principalmente no ambiente escolar. Participando de um jogo interessante que é o xadrez, mas limiar entre o fracasso e a conquista, essas crianças passam a lidar melhor com as derrotas e também com as vitórias.
No caso da autoestima baixa, isto se reverte com as constantes medalhas conquistadas nos eventos esportivos e reconhecimentos dos familiares, professores e amigos.

Dificuldades no início

As maiores dificuldades enfrentadas pelos disléxicos ocorrem nas aulas iniciais.




Para as crianças com dislexia, é mais difícil realizar a memorização de movimentações, valores e sequências de lances do jogo de xadrez.
Praticando, eles costumam superar tudo isso, conseguindo inclusive disputar de igual para igual com os demais alunos as partidas de xadrez.
Com o passar das aulas, isto se torna mais automático, e com a prática contínua e muitas repetições estas dificuldades desaparecem e entra a criatividade e o raciocínio rápido, excelente para a leitura. Sei que a prática contínua do xadrez causa um "vício saudável", e toda ajuda, seja ele para os disléxicos ou não, que causa prazer traz resultados mais eficazes e rápidos.
AF Amauri Redígolo
cref 001739-G/Pr
CONFEF -Conselho Regional de Educação Física

 

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